segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Matemática do Amor


É impressionante como algumas mulheres fazem uma matemática tão errada, algumas acreditam que para ganharmos uma coisa, vele a pena perde várias outras , em outros cálculos elas são ótimas, mas essa continha errada, é quando se trata de amor.

Algumas acham que para ficar com o homem amado, vale a pena perder a liberdade, outras acham que vale a pena, perder a o convívio com a família, ou que vale a pena perder a dignidade quando começam a apanhar,  ou a serem traídas, e o mais grave, tenho visto tanto na TV mulheres perdendo a vida, nunca apanhei mas, também  não fiquei isenta disso tudo, perdi algo muito precioso para mim, a minha saúde. E o que nos torna tão submissas?

Não sentimos prazer em sofrer e nem é falta de vergonha na cara, mas acho que é excesso de amor, que nos faz acreditar que um dia aquela pessoas irá mudar, e a partir daí tudo virá uma obsessão,tem o medo, a vergonha, e a sensação de derrota, pois depois do tempo que gastamos com aquela pessoa, de tudo que abrimos mão, e de tudo que lutamos pela transformação dela, ter que admitir que foi uma escolha errada, que fracassamos,  que as pessoas estavam certas quanto ao que falavam, é péssimo. 
Chegamos a amar mais aquela pessoa do que a nós mesmas, um dia  isso passa, comigo passou, mas o problema é que no meu caso foi meio tarde.

Também fui submissa, quantas vezes fui traída e não tomei uma atitude definitiva, não é fácil, só quem passa por essa situação sabe, enfim, chegou ao ponto de depois de 8 anos de casada, e muitas traições sofridas, eu contrair o HIV, eu descobri enquanto fazia o pré-natal do meu filho.

Moral da história? É simples ficamos com alguém para acrescentar algo em nossas vidas, ou seja, se você perceber, que está tendo que abrir mão de muitas coisas, já comece a ver que algo esta errado, pois um casal tem que somar juntos, e não subtrair.

Beijos, Deus é o caminho para tudo...

Ótima semana.

Paula de Paula

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Para uma Amiga Ausente




Era bom quando ríamos das ex deles.

Era bom quando ríamos deles.

Era bom quando ríamos uma da outra.

Era bom quando ríamos juntas de nós mesmas.

E também era bom quando chorava-mos juntas.

Era bom, quando eu não acreditava mais em nada

e você me interrompia dizendo que tudo ficaria bem...

Era bom quando eu não tinha mais planos ouvir você dizendo,

que tinha seus próprios planos para mim, e que poderia me emprestá-los.

E era bom quando apenas era, pois hoje não é mais nada...

Hoje o meu viver é o será, será que um dia voltará a ser o era?

Espero que seja melhor do que o era, e será melhor do que o será..

Mas o que será que vai ser?

Espero que seja, algo que estejamos juntas de novo.
 


Para o “Meu Anjo”:
Ingenuidade a minha foi pensar que o amor da vida de uma mulher, só poderia ser um homem, pois tenho  um amor feminino, que veio em tom de amizade, coisas que eu achei só poder enxergar em um homem, passei a enxergar nela,  não com desejo, mas com admiração, um amor fraternal,  a proteção que me passa, o som de sua voz que é o mais gostoso e doce desse mundo, amo o jeito que pronuncia cada palavra, amo o jeito que escreve, sua forma inteligente de analisar os fatos, de descrever as coisas, seu humor, que até quando está triste arruma um jeitinho de se enganar e rir... Amo a sua superação, que me faz ter vontade de superar também, você é um dos amores da minha vida, minha amiga, meu anjo, você foi o sopro de coragem que eu precisava na vida. 

 Paula de Paula.

domingo, 17 de abril de 2011

Dores Necessárias




Tem momentos em que o único modo de alguém nos proteger é nos causando dor, mesmo que sem querer, e há momentos que também acabamos machucando alguém que amamos tentando proteger, ou evitar que o sofrimento daquela pessoa seja maior do que o que provocamos.

Lembro-me de quando eu tinha uns 5 anos e brincava de bola com meu irmão no quintal, o portão estava aberto e de repente a bola saiu rolando para o outro lado da rua eu nem pensei duas vezes e sai correndo atrás da bola, só olhava para ela rolando asfalto a fora,  quando escuto uma freada estrondosa, levanto minha cabeça e viro o corpo dou de cara com um ônibus quase encostado ao meu corpo. Olhei de novo para a frente e continuei a correr em direção a bola, quando cheguei a calçada vi meu pai correndo em minha direção, olhei para o ônibus que continuava ali parado, e avistei o motorista passando uma toalhinha em seu rosto que transpirava, muitas pessoas que passavam na hora pararam e ficaram olhando e, eu não estava entendendo nada. Aquela santa ingenuidade de criança que antigamente, eram mais ingênuas do que as de hoje são, até que meu pai chegou ofegante até mim e me agarrou na maior brutalidade, olhou para o motorista e agradeceu, o motorista buzinou para ele e seguiu viagem. Meu pai me segurando firme me levou de volta para casa, assim que chegamos ao portão ele tirou o chinelo e me bateu ali mesmo na frente de todo mundo, dizendo “você quase morreu, o ônibus não te pegou por pouco”. Acredito que por alguns instantes ele achou que iria me perder... eu me desvencilhei dele e sai correndo para cama, aos prantos  cheia de raiva é claro, ele me deixou chorar um pouco e depois veio até mim, se sentou na cama e disse: “minha filha me desculpa por ter batido em você, tive que fazer isso para ter certeza que você jamais faria isso de novo, você poderia ter morrido” .Naquele momento me lembro que a raiva passou e eu voei nos braços dele, que estava tremulo e nesse dia, nesse momento, me senti a pessoa mais protegida e amada do mundo. Em toda a minha infância foi a única vez que me lembro do meu pai ter me batido.

É  uma pena que em muitos momentos da vida não usamos os aprendizados do passado. Durante a minha adolescência entrei em muitos atritos com meu pai e acho que a proteção dele acabou falhando. Pena que não usamos situações passadas como experiências, mas também sei que falhei ao não aceitar certas imposições que nos momentos até me fariam sofrer, mas serviriam para evitar dores maiores no futuro. Como algumas que me vejo passando agora.

Temos que ter mais paciência com quem nos amam, pois não são nossos inimigos, só estão tentado nos proteger das nossas próprias decisões erradas....

Encerro com aquele famoso ditado: Há males que vem para o bem.

Bjs e ótima semana


Paula de Paula
Edição: Simone Marck

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Me libertando





Aqui um novo tempo começa em minha vida...
Não sou escritora, sou apenas alguém com a mesma necessidade que muitas outras pessoas tem: me libertar.
Escrever para mim é como uma terapia, é um exercício de auto-conhecimento, escrevendo eu me enfrento, me coloco diante das minhas próprias limitações e, é claro uma forma de me comunicar com o mundo.
Comunicar essa é a palavra, queria ter comunicado tantas coisas a tantas pessoas, tais coisas que não tive coragem para falar, o que aqui será dito ou melhor escrito, aqui ficarão as coisas que eu gostaria de ter falado e nunca disse, nunca disse porque algumas pessoas nunca se interessaram em ouvir e outras, eu que não me interessei  em  falar  pois dentro de nós, temos um mundo a parte, e o problema é que estou virando escrava de meus próprios sentimentos, e pensamentos, isso até hoje, pois aqui vai ser o meu cantinho, o meu divã, eu creio que escrever é uma forma de eternizarmos um momento, um pensamento, uma emoção. E que aqui fiquem minhas neuras, minhas alegrias e tristezas, quero ficar leve, e o mais importante, não quero que minha vida passe desapercebida no sentido de que, passei por muitas experiências, fatos que um dia uma outra pessoa poderá passar ou já se viu passando, então que sirva para ajudar, nem que seja refletir, comparar, e me perdoem pelos erros de português que certamente deixarei aqui, vou fazer o possível, para cometer o mínimo.

 Paula de Paula 
Edição: Simone Marck