sábado, 29 de outubro de 2011

ONTEM MEDO HOJE ORGULHO




Á 3 anos atrás:

Estava sentada naquela sala fria inerte, com aquele homem de branco falando um monte de coisas que eu não estava nem um pouco afim de ouvir... Só me imagina em casa com meu  meu corpo cheio de feiradas e avistava meus filhos, olhando pra mim...
Pensei eu não vou poder abraçar os meus filhos? pega_los no colo... ninar o nenem???
 Comecei a sentir uma saudade de algo que eu ainda nem tinha perdido!!! e nem sabia se iria perder... Só pensava que não poderia fazer.

Hoje:
 Me vejo deitada na minha cama com meu filho se jogando em cima de mim e se esfregando que nem "gato carente", mas que de carente não tem nada! menino carinhoso e dengoso que nem a mãe.

Ai meus olhos se enchem de água, e me vem a cabeça todos os medos que eu tive, tudo que eu achei que não poderia viver, mais estou aqui vivendo, fazendo, curtindo...

No meu corpo nada de feridas externas só marcas internas como a dessa lembrança, que o meu coração traz... lembranças do dia que tive medo do desconhecido!

Mas agora brindo uma coisa nova que vim a conhecer. Meu filho deslizando em minha pele saudável, suave e macia... Com suas risadas, e meus olhos marejados de água dando um valor a esses pequenos momentos que jamais daria se não tivesse passado por aquele dia que tive medo do desconhecido...

tem dias que parecem temerosos, sem fim... Mas depois de alguns anos, se tornam apenas um dia que você agradece por ter vivido e pensa:

" Não era nada daquilo, tudo deu certo, eu fui forte pra caramba por ter aguentado e suportado todos aqueles medos, pra tudo se dá um jeito, e o mais importante, se hoje esse momento tão normal e rotineiro está me dando uma felicidade enorme e sendo especial pra mim, foi graças aquele dia que tive medo que não fosse assim."

E o que ontem era medo hoje é orgulho de ter vivido...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM ANJO OU DEMÔNIO?




Ela sempre tão turrona, de cara fechada, palavras amargas com um discurso sempre “curto e grosso”... todos sempre falando mal dela e, de como ela não se importava com ninguém, de como ela era desatenciosa e antipática, achei que era uma velha carrasca...
Até que chegou a minha vez de ser atendida por ela, até as enfermeiras que trabalhavam no recinto faziam uma cara de “desaprovação “ todas as vezes que o seu nome era citado, tanto pelos pacientes, como por eles próprios, pareciam que estavam falando do “diabo”;

Na minha cabeça os Dr. Infectologistas deveriam ser mais atenciosos, um pouco psicólogos, o mais humanos que pudessem ser, por que já vivemos sob a pena de não confiar em ninguém, na intenção de nos resguardarmos do preconceito. Quando chegamos ao consultório e como se tivéssemos em um oásis, ali a gente está com um medico que entende tudo sobre o assunto, logo poderá tirar as nossas duvidas e sem julgamentos pois são médicos. Agora se não pudermos conversar sobre isso com eles ai fica difícil.
Faço uma comparação aos pediatras, pois tem que ter vocação, os que não gostam de crianças, e agem de acordo com a técnica, não conseguem ganhar a confiança das crianças, e assim se torna um “Deus nos acuda” para manter a criança quieta a ponto de se deixar ser examinada, mas quando ele tem empatia e amor pelo que faz, tudo se torna mais fácil e menos traumático para seus pacientes, todos saem ganhando.

Quando entrei me deparei com uma linda mulher que não passava dos 30 anos, fiquei chocada, por que escutei tantas coisas ruim mais ela tinha cara de anjo, até me fazia lembrar de uma prima que eu adoro!
Ela com um ar super sério, deu um sorriso tímido e me cumprimentou, pediu que eu e meu marido nos sentássemos e que eu começasse a contar a minha história, pois ela queria entender como eu fui parar ali...
Ela já fez logo uma cara de surpresa ao ouvir minha idade, pois achou que estava diante de uma menina de no máximo 17 anos, o que caiu por terra pois eu tinha 22, e continuei contando tudo que a interessasse saber.
Quando terminei de falar ela pediu licença e começou a me examinar, eu ousei a fazer algumas perguntas mais ela ignorava a todas, meu marido também tentou tirar uma duvida, mas com ele a reação dela foi pior do que ficar calada, disse que estava ali para cuidar de mim e do neném que eu esperava, e que se ele quisesse tratamento que procurasse em nosso município.
Senti em sua grosseria que ela estava sentindo minhas dores, pois a todo o tempo fazia cara feia para ele, em um tom de desaprovação pelo fato de eu estar ali gravida e contaminada pelo HIV, que foi transmitido por ele... E assim foi minha primeira consulta e o nosso primeiro contato.

Ficou combinado que eu voltaria em 4 em 4 messes, mas de vez em quando eu faltava e ai a consulta era remarcada dando um período de 6 messes sem que eu a visse;

O engraçado é que no decorrer do tempo continuava escutar as terríveis experiências que os outros pacientes passavam com ela, mas tirando o seu jeito meio frio, eu não tinha muito do que reclamar pois em alguns momentos ela chegava a sorrir para mim, quando eu faltava ao contrario dos outros pacientes eu não levava broncas e sim conselhos de que eu evitasse faltar pois se não seria transferida para o meu município, e só.

Uma vez eu entrei em sua sala, e ela estava discutindo horrores com uma pessoa ao celular, ai pensei:_ “hum é hoje que vai sobrar para mim, vou virar bode expiatório, mas foi um dos dias que ela foi mais simpática, ai eu ficava me perguntando por que comigo ela não é essa carrasca de que todos tanto falam? Sempre sorri para mim...
Até que segunda passada tive uma nova consulta com ela, que já era remarcada pois eu já tinha faltado a última, como cheguei muito atrasada já não tinha nenhum paciente, ela já estava organizando suas coisas para ir em bora, quando me viu achei que fosse falar que não me atenderia, mas ao contrario do que pensei ela abriu um sorriso imenso ficou esperando a enfermeira medir minha pressão, e falou vamos? toda empolgada.
Quando chegamos a sua sala, nos sentamos e ela disse, Olha você já está um tempão sem vir aqui, e se você ficar faltando as consultas vão te transferir para o seu município pois aqui as vagas são muito disputadas, então “por favor” evite ficar faltando, para não ter que deixar de se tratar aqui, olhei para ela como quem dizia:
Faz diferença? Por que na minha cabeça ali ou em outro lugar, o importante era eu continuar tendo um acompanhamento, mais não estava me importando muito a onde seria. Mas como se tivesse entendido a minha expressão a resposta veio rapidamente:
_E eu queria muito continuar te acompanhando...
Ela olhou os resultados dos meus exames e se empolgou, nossa que maravilha você ainda não precisa fazer uso dos retrovirais, ou melhor não precisava né!!! Por que esse resultado é do começo do ano, vou pedir para você repetir esses exames na segunda feira, e mês que vem você me trás os novos resultados.

Para puxar conversa enquanto ela preenchia os pedidos, me veio uma pergunta meio que idiota na cabeça. Eu até tinha uma bem mais interessante, mais a vergonha não me deixava perguntar, pois era um assunto bem mais delicado, então prossegui com a idiota mesmo,
_Dr. Tem gente que fica muitos anos sem tomar esses medicamentos?
Ela olhou para mim e sorriu, dizendo claro, como não? Você é uma dessas, já vão fazer 3 anos né! Mas ela respondeu com uma imensa cara de satisfação, lógico que os muitos anos do qual me referia eram realmente “muitos anos” tipo de 10 para mais, mas quando ela me olhou daquela forma foi meio que dizendo você está no caminho dos 10 ou até mais.
De repente ficamos nos olhando com uma imensa cara de satisfação, senti orgulho em seu olhar e sei que ela sentiu no meu também, me levantei e ela veio como um jato para me abraçar, e eu fiquei ali meia sem jeito e ela acabou ficando também, 2 turronas! mas os nossos olhares diziam tudo que precisávamos saber, foi o silêncio que mas disse tudo, a satisfação dela como medica, e a minha por saber que ela se importava, e que acreditava que eu ficaria bem por muito tempo ainda...

Sei que ali, uma nova fase começou na nossa relação medica e paciente, agora eu confio na medica que tenho, e ela sabe disse, não vai querer perder essa confiança... E eu resolvi ficar com o anjo...




Paula de Paula

sábado, 16 de julho de 2011

AO SOPRAR AS VELAS


A dez anos tinha 15 uma menina moça
Que nunca tinha beijado nem amado
Mas que se encontrava ansiosa para isso
Chegava a contar com uma ingênua imprudência

Ansiosa para ser adulta, para ser mulher
Ainda usava a expressão quando eu “crescer”
Vou ser isso, fazer aquilo!!!
Quando eu crescer???

Descobri que a minha estatura
Realmente aumentou, mas será que eu cresci?
Tem horas que me sinto a mesma menina
Que da formas as nuvens, enrola os cabelos
Com as pontas dos dedos...
Mas tudo muda, se transforma
As responsabilidades nos afogam

Antes acho que eu tinha mais coragem
A curiosidade me fazia desvendar o desconhecido
Sem “medo”...

Mas agora conheço a dor, que nem tudo são rosas,
E em alguns momentos, chego até a me acovardar
Diante dela, os passos já não são tão seguros,
Nas direções que escolho ir, as vezes me pego
Andando com um pé atrás.
Realmente o crescimento trás “Cautela”...

Na verdade acho que fazer aniversários é ver
novos tempos começando, em nossas vidas
dos desencantos tento cultivar
as experiências adquiridas
envelhecer é um fato, mas amadurecer é opcional
Antes visava só o que estava por vir
Achava que a vida se tratava do que ainda iriamos fazer

Mas hoje, a vida se tornou um arquivo de lembranças
Todo segundo que se passa, cada minuto,
depois de passado são lembranças,
descobri que nada é eterno a não ser: DEUS e as LEMBRANÇAS;

Que ficam como marcas em nossas almas
em nossos corações e por vezes em nosso corpo...
é com elas que temos que dormi e acordar
as lembranças dos 15 hoje, e amanhã as de hoje...

Não desejo que os velhos tempos se voltem,
mas desejo que as lembranças, me lembrem que
tenho que conviver com elas, assim então
passo a fazer o melhor
para ter coisas belas para lembrar...


Paula de Paula

terça-feira, 12 de julho de 2011

SÓ NÃO DEMORE





Me escute e não me deixe aqui sozinha, eu estou gritando, pois cansei de ser suave.
Não me venha falar que te escondi,que omiti, pois te contei varias vezes.
Por que você não enxergou o que estava na frente de seus olhos?

Já te disse de varias formas, acha que fingindo que esta tudo bem mudará os fatos?

Será que seu desinteresse é tanto, que preferi fingir que não Sabe e que não vê?

Queria que pegasse em minhas mãos e que não soltasse mais, até tudo acabar!
Não procuro heróis, você serviria;

Me lembro de quando eu era pequena, eu não suportava te ver chorando,te via lá sentada e me sentava ao seu lado, e com você chorava, me lembro que eu só parava quando você parava.

É que eu, não sabia o que fazer, então eu deixava você dividir a sua dor comigo.

Queria poder dividir a minha com você agora.Até quando vou levar isso sozinha?

Quantas lagrimas irei derramar sem testemunhas da minha dor?

Chego a me afogar em meio a tantas lagrimas...

E de repente alguns amigos se aproximaram,tentaram me dar o alivio que eu não encontro em você,e eu aqui com o coração já cansado de te esperar.

Resolvi segurar nas mãos de outros, meio que a contra gosto,pois você me dizia, que era minha melhor amiga, e que os outros poderiam me magoar ...

Já voltei a sorrir, um sorriso meio tímido, mas por hora é o que posso dar.

Aos poucos vou aceitando o que você finge em não ver, e recuperando minhas alegrias.
Quanto a ti, quando resolver parar de se recusar a enxergar , o tão óbvio ...

De braços abertos , eu correrei para seus braços, assim, como quando eu era pequena, feliz em dizer:

Minha mãe chegou, e ficará comigo agora, ela vai cuidar de mim!!!


Paula de Paula

segunda-feira, 11 de julho de 2011

AMIZADE


Eu não sei como e nem por que mas há algo que me diz que tenho que te amar...
E não me importa, se tem os seus defeitos, e suas manias, por que esse amor, só se importa com o que há de bom em ti.
E esse amor é o que me traz paz em meio a tantas tempestades, é o que me faz acreditar que posso ir mais longe, me faz lembrar que há seres maravilhosos, puros, sinceros e que esses seres são obras de Deus, sendo assim, automaticamente me faz lembrar, de como Deus é maravilhoso.
Não sei como e nem por que, mas você ganhou o meu coração, quando penso em Você só penso em um desejo, o do sempre, por que é isso que eu quero que seja para sempre, que eu te tenha pra sempre.
E então me faz crer, que a morte não é nada, é apenas uma passagem, pois o amor move tudo, o amor mantém as pessoas vivas.
Para mim você sempre viverá em mim eu estando aqui ou não.
Sempre estará em minha mente, no meu coração, como uma sensação boa que me faz crer, que nunca estarei só.

Te Amo incondicionalmente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MINHA RESPOSTA PARA VOCÊ É




Arrasada meu amor você vai ficar quando a gente passar a noite juntas, concretizando todas as promessas que temos nos feitos, olhos nos olhos, boca na boca, arrasada você vai ficar quando eu me soltar deixar fluir no seu corpo, na sua pele, toda a intensidade que tenho sentido, toda emoção.

você vai ficar arrasada de prazer, se permita mergulhar nessa paixão, e viver a sua mais linda história de amor.

Não estamos discutindo eternidade, no momento o que há é a maior explosão de cumplicidade que duas pessoas poderiam ter.

São as lagrimas entendidas, as risadas esperadas, as discussões bem resolvidas, o pensar nas mesmas coisas, a magia incompreendida, da partida e da chegada.

Vivemos na esperança de concretizar essa situação, mais será que há algo mais concreto do quê a sintonia que nossas almas se encontram?

você é a maior e a mais linda das histórias de amor, de ti o meu corpo se impregnou, o seu ser já faz parte de mim, viver com você é pura poesia.
E ter flores para regar, todos os dias.


Paula de Paula

terça-feira, 5 de julho de 2011

CUIDA SIM, MAS COM CUIDADO




A primeira vez foi no hospital eu tinha acabado de ter o meu filho mas como além da cirurgia de cessaria fiz a laqueadura das trompas, a dor era mais que insuportável, eu mal conseguia me mexer na cama do hospital.

Minha mãe chegou e me levou ao banheiro para tomar um banho, mas cada movimento que eu fazia era uma dor insuportável, algumas roupas minhas se encontravam sujas de sangue, e me lembro que minha mãe na intenção de me ajudar, pedia para segurar minhas roupas para que eu entrasse de baixo do chuveiro.

Eu nunca me esqueci dessa sena se eu fechar os olhos posso ver em câmera lenta:

Ela já vinha com suas mãos e cheia de inocência, quando de repente eu dei um grito e disse:

_NÃO MÃE, e joguei as roupas para bem longe.

Ela ficou ali estática sem acreditar naquela cena, olhando dentro dos meus olhos, com certeza não entendeu nada;

Eu preferir jogar as roupas no chão do que ela segurar?!? ,

Reparei a sua cara de decepção, e me lembro que meu coração ficou pequeno com isso, pois não pude explicar, o por que daquela minha reação.

Mas a verdade é que só se faziam uns 5 messes, que eu estava convivendo com o vírus do HIV, me sentia uma cobra cheia de veneno, me senti culpada por coloca-la em risco, nossa me senti desolada, querendo abraça-la e pedir desculpas. Mas com medo.

E hoje, depois de quase três anos, cortei o pé com um caco de vidro, e meu pé se banhou de sangue, e lá veio ela correndo com esparadrapos, polvedine, algodão e tudo que tinha direito e dizia:

_Deixe eu limpar deixe eu limpar, meu Deus quanto sangue”
E mais uma vez a cena se repete, ela se agachou e falou:

_Deixe-me ver isso, com os olhos assustados, e fixos aos meus.
E eu dizendo:

_ Não mãe, eu me viro deixa, deixa que eu dou jeito.

Ela me perguntou, por que você não deixa eu cuidar disso? sem entender nada

E eu olhando dentro dos seus olhos só pude encher os olhos de lagrimas, e mais uma vez vi meu coração sumir de tão pequeno que ficou,e a frase:

” Por que tenho HIV”, você até pode fazer isso, mas tem que tomar cuidado" veio em minha boca, ficou na ponta da língua mas o silêncio tomou a sena.

E a sensação de que eu era mal agradecida, foi a que ficou no ar, mais uma vez.

E ela ali tentando fazer algo, e indo toda hora com suas mãos e eu empurrando, desesperada com medo dela encostar, olhando para o chão procurando pingos de sangue e limpando um por um, pulando com um pé só pela casa inteira, e ela correndo atrás de mim e dizendo:

_Deixa disso menina, eu limpo depois, vamos ver esse pé.

A verdade é que me sinto mal toda vez que me machuco. Sei que não se passa fácil assim, tem um pouco de paranoia nisso tudo, mas...

Ai é que está não temos culpa essas coisas acontece, mas a sensação é que não temos o direito de passar por isso, sei que é ridículo isso tudo falta costume, se todos soubessem , sei que ninguém iria que nem uns loucos para acudir.

Iriam me ajudar sim, mas com luvas, com um cuidado maior, e era isso que eu queria, ser cuidada, mas com cuidado...

É difícil viver omitindo verdades, e magoando as pessoas, sem querer, mas para protege-las...

E será que é melhor assim? acho que é, acho que a decepção da verdade, machucaria bem mais.

É difícil...



Paula de Paula.

domingo, 12 de junho de 2011

A VIDA VENCENDO A MORTE



Se tem uma coisa que quase todo os soros positivos podem concordar comigo é que no começo, não fazemos planos a longos prazos, vivemos na filosofia de um dia de cada vez, até que os anos vão se passando e vamos presenciando fatos que em algum momento achamos que não iriamos presenciar e isso vai nos dando segurança para planejar a longo prazo, um dos meus troféus foi o Herry Potter.

Desde que eu tinha os meus 14 anos venho acompanhando ano após ano os lançamentos dos filmes de Herry Potter.
A história que é muito mais do que um simples conto de Bruxos, pois em muitos momentos em seu decorrer são abordados problemas no mundo mágico que são sólidos e reais como os do nosso mundo como: preconceito, depressão, ódio, sacrifício, pobreza, morte.

E a todo tempo coloca o bem contra o mal e o amor contra a morte. A perseguição de Voldemort para evitar a morte contrasta com o sacrifício de Lilian Potter, pois ela preferiu morrer para dar vida ao filho.

E a onde está a beleza da história? Posso dizer que o que mais faz a diferença na história são os amigos que se pode confiar de olhos fechados, pois são como irmãos, talvez seja isso que mais falte em nosso mundo real.

Adoro toda aquela magia, a figura mística de Dumbledore dócil com um humor simpático Humilde porém o mais sábio de toda a história, E para os que gostam, quem nunca se imaginou estudando em Hogwarts? uma escola em

forma de castelo, maravilhoso! E passear naquele expresso de Hogwarts, aquele trenzinho super simpático a vapor!

Quando fiquei sabendo que o final do filme seria dividido em duas partes foi um balde de água fria em minha cabeça.

Me lembro que sai do cinema com um ar triste e me veio a cabeça o seguinte pensamento:

Será que estarei aqui ano que vem? Seria uma tragédia ter acompanhado por anos uma história e não conhecer o seu final.

Mas estou aqui e vibrando de alegria, pois o ano que vem chegou, e parece que a realidade abriu espaço para magia pois, meu aniversário é no dia 16 de julho e a estreia estava prevista para dia 15, belo presente de aniversario que irei ganhar, o fim de uma história que me encantou e me pois para questionar varias questões da vida real inclusive essa.

Pois mais uma vez, a vida venceu a morte e o tempo, e deu tempo de crescer e conhecer o final de uma história incrivél e cheia de valores

Encerro com uma citação de Dumbledore o meu personagem favorito:
“Mais importante do que como se nasce, é o que a pessoa se torna ao crescer.”

Beijinhos

Por: Paula de Paula

sábado, 21 de maio de 2011

ANDANDO POR AI !!!


Como é bom caminhar andar sem rumo e sem tempo certo para chegar,simplismente "CAMINHAR", e a cada novo passo, um mundo de coisas que ficam para trás,junto com algumas calorias isso, que é o melhor!
Começa-se novos planos, idéias, e quando voltamos nos sentimos renovados.
a sensação é de que estamos nos cuidando, os pensamentos que vão longe, um momento de libertaoção, só vc e vc,é acho que descobri uma nova terapia um momento para me sentir relaxada...

Paula de Paula

sábado, 14 de maio de 2011

O ÚLTIMO ADEUS


Tem pessoas que entram em nossas vidas e nos da a impressão de que nunca mais estaremos sozinhos,engraçado mas depois de eu ter que superar tantas coisas na vida, não tinha medo mais de nada, a única coisa que eu tinha minhas duvidas se eu poderia superar ou não.

Aconteceu, agora vou descobrir!!!

É fácil superar quando se tem um porto seguro, mas agora me veio a cabeça que vou ter que superar a perda do meu porto seguro, e agora???
o que vai me manter de pé? acho que nunca amei tanto alguém na vida, como essa pessoa foi amada... e as lagrimas que estão sendo derramadas é na mesma proporção desse amor.

Começo a duvidar se as coisas são realmente para sempre...
eu queria que fossem, mas as pessoas aderiram aos descartáveis, incluindo as relações!!
O que aconteceu com a prata e o ouro???

É medo de serem roubados, acham que assim vão está poupando?
quer saber,Sentimentos não podem ser poupados.por isso amo com tudo que posso, odeio mais ainda, choro como se fosse feita de água, quando estou feliz, não dou risadas, dou gargalhadas.E hoje estou destroçada...

Parecia tão real, mas acho que era mais uma de minhas ilusões, mais uma!!!
não agüento mais, quantos amigos vou perder até o final dessa jornada???
acho que será a última, NÃO QUERO FAZER NOVOS AMIGOS, POIS ESTOU CANSADA DA DESPEDIDA, DO ADEUS...

E ela nem me deu tchau!!!


Paula de PAula

terça-feira, 10 de maio de 2011

SEXO: O NORMAL VIROU RARO E O RARO VOLTOU A SER NORMAL!






Depois de quase 3 anos da descoberta de eu ser portadora do vírus do HIV, só agora vejo minha vida sexual voltar ao normal. É louco por que, assim que recebemos o diagnostico, a última coisa que vem á cabeça como prioridade, é voltar a transar, pensamos em tudo que vamos passar, com a nova condição.

Eu particularmente,  pensei na vida, na morte, em como contar para família, como será o tratamento? pensei no preconceito que por ventura teria que enfrentar,se ainda teria muito tempo de vida. E por último eu pensei, e agora? vou ficar o resto da vida sem transar? Será que minha vida sexual acabou???

O que seria uma tragédia, já que na época, eu tinha apenas 22 anos. E Cá entre nós sexo feito com responsabilidade e respeito ao companheiro, faz bem né!

É lógico que dentro desses 3 anos tive relações, mas em um número bem menor do que o normal, no meu caso não só pelo HIV, mas também pela gravidez de alto risco, depois a cirurgia cesárea, o período de resguardo, e ai veio uma nova fase, me adaptar a nova condição de vida.

Uma  delas o uso do preservativo, que eu erradamente, junto ao meu marido, não tinha o habito de usar.
Foi uma fase difícil, e que achei que não passaria nunca, tentamos o preservativo masculino, o feminino, com sabor, sem sabor, lubrificantes, mas hoje posso dizer, com um certo ar de felicidade até, pois não vou mentir! Que nos adaptarmos.

Parece ridículo para algumas pessoas, mas para quem não tem o habito de usar o preservativo, é chato se acostumar, incomoda de ambos os lados, enfrentamos alergias, e rendeu até umas histórias engraçadas como a do dia em que eu achei que teria que parar na emergência para retirar a camisinha feminina, que mal colocada, parecia que só sairia por ajuda "divina" ou da medicina...  E o oral então aff, a velha história de chupar  bala com papel.

Mas é ai que vem um momento crucial, onde a culpa por ter sido contaminada pelo vírus, praticando sexo, vai embora, e entra em sena, o tão esperado perdão, a vontade de voltar a  amar e ser amada, de tocar e ser tocada, sem culpa, e com a certeza que todos tem esse direito independente de ter o não o HIV.

E  o melhor é que sem culpa, a criatividade para superar o problema  entra em sena , dar sabor ao papel da bala, e tudo vai voltando ao normal, e em alguns momentos parece até que se torna melhor do que  antes.
E o novo passa a ser normal, ou o novo normal!

E mais uma vez se comprova, que nada melhor do que o tempo, e paciência, para que tudo fique bem, seja lá o que for! tudo se ajeita. 

A verdade é que se eu tivesse esse habito de usar camisinha, desde antes de ser contaminada pelo vírus, não teria passado por tudo isso, então galera, vamos usar camisinha!!! E para as mulheres que pensam: “Sou casada e não preciso usar”.
Eu sou casada a 8 anos e meu marido me passou o vírus que provavelmente, pegou em uma pulada de cerca dele. Então por mais que você esteja a anos casada use, não coloque algo tão precioso como a sua vida, e sua saúde, nas mãos de terceiros, mesmo que ame a pessoa, infelizmente hoje só podemos confiar na gente.

Não estou aqui banalizando o sexo, não acho certo essa teoria de ninguém é de ninguém, mas como cada um é dono do seu próprio nariz, o mínimo que posso fazer é alertar, para que as conseqüências sejam, as menores possíveis, se puder ser... 


Paula de Paula.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma Carta na Garrafa




Esse silêncio me irrita, me lembra de solidão, a solidão da qual eu não quero viver...
 Pois me trás lembranças que quero esquecer. Preciso seguir em frente, os anos passam e a sensação é de que tudo está igual, mas sei que as coisas mudaram, sou eu que não mudo, minha vida estagnou em algo que eu busco e que não encontrei, me ajude a encontrar, por favor!!!

Me de um sinal de onde esta, pois te sinto sem nunca ter ti tocado, sei que está sob o mesmo céu que cobre minha cabeça, grite, pois já gritei tanto por ti. Deixe-me, me guiar pelo som de sua voz.

 Esse silêncio está me matando, você não tem idéia de quantas vezes, eu já ensaiei por um momento que nunca chegou. Talvez essa busca por você, seja solitária acho que nunca me procurou, talvez você tenha se contentado com o que a vida lhe ofereceu, não te culpo por isso, eu já tentei fazer igual, mas o vazio não me deixa em paz.

E o que me consola é que sei que me sente de alguma forma, pois o que eu sinto, é tão intenso que não tem como você não perceber. Pode tentar fingir que não existo, ou que não sou tão importante assim, para você, mas no fundo, deve sentir o mesmo vazio que há em mim. Se está faltando um pedaço meu, está faltando um pedaço seu também.
Essa história pode até não fazer muito sentindo, se não fosse pela solidão, pelo silêncio que me faz acreditar que algo esta faltando ou alguém, e sei que é você, não sei se você é homem ou mulher, pois nunca lhe vi mas, te reconheceria no meio de uma multidão.
Você não me é estranho pois, é o que me falta é o que eu sempre busquei...

 Cansei de tantos suspiros angustiados, quero suspirar satisfeita por ter te encontrado, tem horas que penso que esse momento jamais chegará, mas o tal vazio não me deixa desistir de você, ainda mais que já lhe tive em muitos sonhos, sei como é a sensação de lhe ter. è algo que vicia e satisfaz como nada que eu já tenha provado.

Minha voz já se encontra cansada, quem sabe um dia você não leia isso, é uma carta na garrafa, que joguei ao mar.
 Navegue! palavras, sentimentos, segui o seu destino, navegue pelo mar virtual, quem sabe um dia você chegue a pessoa certa...

Paula de Paula


segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Matemática do Amor


É impressionante como algumas mulheres fazem uma matemática tão errada, algumas acreditam que para ganharmos uma coisa, vele a pena perde várias outras , em outros cálculos elas são ótimas, mas essa continha errada, é quando se trata de amor.

Algumas acham que para ficar com o homem amado, vale a pena perder a liberdade, outras acham que vale a pena, perder a o convívio com a família, ou que vale a pena perder a dignidade quando começam a apanhar,  ou a serem traídas, e o mais grave, tenho visto tanto na TV mulheres perdendo a vida, nunca apanhei mas, também  não fiquei isenta disso tudo, perdi algo muito precioso para mim, a minha saúde. E o que nos torna tão submissas?

Não sentimos prazer em sofrer e nem é falta de vergonha na cara, mas acho que é excesso de amor, que nos faz acreditar que um dia aquela pessoas irá mudar, e a partir daí tudo virá uma obsessão,tem o medo, a vergonha, e a sensação de derrota, pois depois do tempo que gastamos com aquela pessoa, de tudo que abrimos mão, e de tudo que lutamos pela transformação dela, ter que admitir que foi uma escolha errada, que fracassamos,  que as pessoas estavam certas quanto ao que falavam, é péssimo. 
Chegamos a amar mais aquela pessoa do que a nós mesmas, um dia  isso passa, comigo passou, mas o problema é que no meu caso foi meio tarde.

Também fui submissa, quantas vezes fui traída e não tomei uma atitude definitiva, não é fácil, só quem passa por essa situação sabe, enfim, chegou ao ponto de depois de 8 anos de casada, e muitas traições sofridas, eu contrair o HIV, eu descobri enquanto fazia o pré-natal do meu filho.

Moral da história? É simples ficamos com alguém para acrescentar algo em nossas vidas, ou seja, se você perceber, que está tendo que abrir mão de muitas coisas, já comece a ver que algo esta errado, pois um casal tem que somar juntos, e não subtrair.

Beijos, Deus é o caminho para tudo...

Ótima semana.

Paula de Paula

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Para uma Amiga Ausente




Era bom quando ríamos das ex deles.

Era bom quando ríamos deles.

Era bom quando ríamos uma da outra.

Era bom quando ríamos juntas de nós mesmas.

E também era bom quando chorava-mos juntas.

Era bom, quando eu não acreditava mais em nada

e você me interrompia dizendo que tudo ficaria bem...

Era bom quando eu não tinha mais planos ouvir você dizendo,

que tinha seus próprios planos para mim, e que poderia me emprestá-los.

E era bom quando apenas era, pois hoje não é mais nada...

Hoje o meu viver é o será, será que um dia voltará a ser o era?

Espero que seja melhor do que o era, e será melhor do que o será..

Mas o que será que vai ser?

Espero que seja, algo que estejamos juntas de novo.
 


Para o “Meu Anjo”:
Ingenuidade a minha foi pensar que o amor da vida de uma mulher, só poderia ser um homem, pois tenho  um amor feminino, que veio em tom de amizade, coisas que eu achei só poder enxergar em um homem, passei a enxergar nela,  não com desejo, mas com admiração, um amor fraternal,  a proteção que me passa, o som de sua voz que é o mais gostoso e doce desse mundo, amo o jeito que pronuncia cada palavra, amo o jeito que escreve, sua forma inteligente de analisar os fatos, de descrever as coisas, seu humor, que até quando está triste arruma um jeitinho de se enganar e rir... Amo a sua superação, que me faz ter vontade de superar também, você é um dos amores da minha vida, minha amiga, meu anjo, você foi o sopro de coragem que eu precisava na vida. 

 Paula de Paula.

domingo, 17 de abril de 2011

Dores Necessárias




Tem momentos em que o único modo de alguém nos proteger é nos causando dor, mesmo que sem querer, e há momentos que também acabamos machucando alguém que amamos tentando proteger, ou evitar que o sofrimento daquela pessoa seja maior do que o que provocamos.

Lembro-me de quando eu tinha uns 5 anos e brincava de bola com meu irmão no quintal, o portão estava aberto e de repente a bola saiu rolando para o outro lado da rua eu nem pensei duas vezes e sai correndo atrás da bola, só olhava para ela rolando asfalto a fora,  quando escuto uma freada estrondosa, levanto minha cabeça e viro o corpo dou de cara com um ônibus quase encostado ao meu corpo. Olhei de novo para a frente e continuei a correr em direção a bola, quando cheguei a calçada vi meu pai correndo em minha direção, olhei para o ônibus que continuava ali parado, e avistei o motorista passando uma toalhinha em seu rosto que transpirava, muitas pessoas que passavam na hora pararam e ficaram olhando e, eu não estava entendendo nada. Aquela santa ingenuidade de criança que antigamente, eram mais ingênuas do que as de hoje são, até que meu pai chegou ofegante até mim e me agarrou na maior brutalidade, olhou para o motorista e agradeceu, o motorista buzinou para ele e seguiu viagem. Meu pai me segurando firme me levou de volta para casa, assim que chegamos ao portão ele tirou o chinelo e me bateu ali mesmo na frente de todo mundo, dizendo “você quase morreu, o ônibus não te pegou por pouco”. Acredito que por alguns instantes ele achou que iria me perder... eu me desvencilhei dele e sai correndo para cama, aos prantos  cheia de raiva é claro, ele me deixou chorar um pouco e depois veio até mim, se sentou na cama e disse: “minha filha me desculpa por ter batido em você, tive que fazer isso para ter certeza que você jamais faria isso de novo, você poderia ter morrido” .Naquele momento me lembro que a raiva passou e eu voei nos braços dele, que estava tremulo e nesse dia, nesse momento, me senti a pessoa mais protegida e amada do mundo. Em toda a minha infância foi a única vez que me lembro do meu pai ter me batido.

É  uma pena que em muitos momentos da vida não usamos os aprendizados do passado. Durante a minha adolescência entrei em muitos atritos com meu pai e acho que a proteção dele acabou falhando. Pena que não usamos situações passadas como experiências, mas também sei que falhei ao não aceitar certas imposições que nos momentos até me fariam sofrer, mas serviriam para evitar dores maiores no futuro. Como algumas que me vejo passando agora.

Temos que ter mais paciência com quem nos amam, pois não são nossos inimigos, só estão tentado nos proteger das nossas próprias decisões erradas....

Encerro com aquele famoso ditado: Há males que vem para o bem.

Bjs e ótima semana


Paula de Paula
Edição: Simone Marck

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Me libertando





Aqui um novo tempo começa em minha vida...
Não sou escritora, sou apenas alguém com a mesma necessidade que muitas outras pessoas tem: me libertar.
Escrever para mim é como uma terapia, é um exercício de auto-conhecimento, escrevendo eu me enfrento, me coloco diante das minhas próprias limitações e, é claro uma forma de me comunicar com o mundo.
Comunicar essa é a palavra, queria ter comunicado tantas coisas a tantas pessoas, tais coisas que não tive coragem para falar, o que aqui será dito ou melhor escrito, aqui ficarão as coisas que eu gostaria de ter falado e nunca disse, nunca disse porque algumas pessoas nunca se interessaram em ouvir e outras, eu que não me interessei  em  falar  pois dentro de nós, temos um mundo a parte, e o problema é que estou virando escrava de meus próprios sentimentos, e pensamentos, isso até hoje, pois aqui vai ser o meu cantinho, o meu divã, eu creio que escrever é uma forma de eternizarmos um momento, um pensamento, uma emoção. E que aqui fiquem minhas neuras, minhas alegrias e tristezas, quero ficar leve, e o mais importante, não quero que minha vida passe desapercebida no sentido de que, passei por muitas experiências, fatos que um dia uma outra pessoa poderá passar ou já se viu passando, então que sirva para ajudar, nem que seja refletir, comparar, e me perdoem pelos erros de português que certamente deixarei aqui, vou fazer o possível, para cometer o mínimo.

 Paula de Paula 
Edição: Simone Marck