terça-feira, 12 de julho de 2011

SÓ NÃO DEMORE





Me escute e não me deixe aqui sozinha, eu estou gritando, pois cansei de ser suave.
Não me venha falar que te escondi,que omiti, pois te contei varias vezes.
Por que você não enxergou o que estava na frente de seus olhos?

Já te disse de varias formas, acha que fingindo que esta tudo bem mudará os fatos?

Será que seu desinteresse é tanto, que preferi fingir que não Sabe e que não vê?

Queria que pegasse em minhas mãos e que não soltasse mais, até tudo acabar!
Não procuro heróis, você serviria;

Me lembro de quando eu era pequena, eu não suportava te ver chorando,te via lá sentada e me sentava ao seu lado, e com você chorava, me lembro que eu só parava quando você parava.

É que eu, não sabia o que fazer, então eu deixava você dividir a sua dor comigo.

Queria poder dividir a minha com você agora.Até quando vou levar isso sozinha?

Quantas lagrimas irei derramar sem testemunhas da minha dor?

Chego a me afogar em meio a tantas lagrimas...

E de repente alguns amigos se aproximaram,tentaram me dar o alivio que eu não encontro em você,e eu aqui com o coração já cansado de te esperar.

Resolvi segurar nas mãos de outros, meio que a contra gosto,pois você me dizia, que era minha melhor amiga, e que os outros poderiam me magoar ...

Já voltei a sorrir, um sorriso meio tímido, mas por hora é o que posso dar.

Aos poucos vou aceitando o que você finge em não ver, e recuperando minhas alegrias.
Quanto a ti, quando resolver parar de se recusar a enxergar , o tão óbvio ...

De braços abertos , eu correrei para seus braços, assim, como quando eu era pequena, feliz em dizer:

Minha mãe chegou, e ficará comigo agora, ela vai cuidar de mim!!!


Paula de Paula

5 comentários:

  1. tão lindoooo... parabéns por mais essa belíssima escrita.

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  2. neste texto deixou transparecer a agonia dos soros q não teem o apoio de seus pais .,,, muito bem descrito parabéns miga .....

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  3. Minha mãe também se recusou a aceitar. Eu falavra nas entrelinhas e ela dizia que eu ficava colocando bobagens na minha cabeça. Até que fui parar no hospital entre a vida e a morte. Ela teve que saber e teve que aceitar. Sei que o quanto sofreu, mas hoje ela divide a carga comigo. Somos felizes e quase não lembramos desse fardo que não é mais tão pesado pra nenhuma das duas. Posso garantir que é um alívio ter a cumplicidade dela em todos os momentos.

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